Tom: G
G7 C7 G7
Era eu e mais dez num pardieiro no Estácio de Sá.
C7 G7
Fazia biscate o dia inteiro pra não desovar
C7
e quanto mais apertava o cinto
A7
mais magro ficava com as calças caindo
Ab7 G7
sem nem pro cigarro, e nenhum pra rangar.
C7 G7
Falei com os dez do pardieiro: do jeito que tá
C7 G7
com a vida pela hora da morte e vai piorar
C7
imposto, inflação cheirando a assalto
A
juntamo as família na mesma quadrilha
E7 A7 D7 G7
Fizemo a divisão dos trabalhos: Mulher-suadouro, trotuá
E7 C7
Pivete nas missas, nos sinais Marmanjo no arrocho, pó,
A7 Ab7 G7
chantagem, balão apagado, tudo o que pintar.
E7 A7 D7 G7
E assim reformando o pardieiro. Penduramo placa no portão:
E7 C7 A7
Tiziu, Cuspe-Grosso e seus irmãos agora no ramo atacadista
Gb7 G7
convidam pro angu de inauguração.
C7 G7 A7
Tenteia, tenteia com o berro e saliva
D7 G7
fizemo o pé-de-meia (bis).
C7 F7 Bb7 Eb7
Hoje tenho status, mordomo, contatos, pertenço à situação
A7 D7 G7
mas não esqueço os velhos tempos:
E7 A7 D7 G7
domingo numa solenidade uma "otoridade” me abraçou.
E7 A7 D7
Bati-lhe a carteira, nem notou, Levou meu relógio e eu nem vi
G7
Já não há mais lugar pra amador!